A alegria é uma emoção básica universal poderosa, provoca uma reação intensa no ser humano em resposta a uma situação de prazer. É das emoções básicas com duração maior e que menos preocupação levanta devido à natureza implícita da emoção. A alegria tem como função detetar e preparar a proteção para o individuo, reforçando o seu papel para a sobrevivência evidenciando estados psicológicos positivos. Sendo bastante eficaz no aumento da satisfação, a alegria é transitória.

O Oxford English Dictionary define a emoção como sendo um sentimento forte tal como o amor, medo ou raiva; a parte do caráter de uma pessoa que consiste em sentimentos.

A emoção ocorre quando o individuo é movido por algo com o propósito de ajudar à sobrevivência, e é capaz de ordenar ações, discursos e pensamentos em frações de segundos o que faz com que o individuo esteja preparado para enfrentar eventos importantes.

Uma das experiências mais marcantes para o ser humano é a emoção, que para a construção da mesma é necessário a interação de diversos e complexos componentes cognitivos, fisiológicos e subjetivos. Nela inclui a experiência consciente, respostas internas e explicitas e energia para motivar o organismo para a ação.

Separadamente das outras emoções básicas, a alegria surge entre os quatro a oito anos de idade, enquanto sensação cognitiva. É possível codificar a reação da alegria em vestígios faciais antes das idades referidas acima, mas esta emoção básica relaciona-se com variáveis do foro moral e social. A terminologia “alegria” refere-se ao ganho de energia perante alguém ou situação, o que implica a ação oposta ao sofrimento e incredulidade, tanto a nível físico como psicológico.

O prazer, satisfação, impulsividade, energia positiva, vontade e aumento de autoestima. Estas expressões provocadas pela alegria servem para enriquecer aquilo que o ser humano experiência. É possível sentir alegria por uma situação real estimuladora, alegria reativa, ou sentir alegria apenas ao pensar em a manifestar, alegria cognitiva, sem que o momento tenha sido vivido.

A alegria e a felicidade são facilmente confundidas pelo senso comum, sendo a sua distinção pelo estímulo e pela duração. A alegria está associada ao momento, podendo este ser extremamente breve como também pode durar um longo período de tempo com a possibilidade de ser motivada pela felicidade. De outro modo, a felicidade é uma resposta emocional mais duradoura, recalcada e menos relacionada com um estímulo identificável.

Segundo a teoria da exigência de expressividade de LaFrance e Hecht, esta refere que a manifestação do sorriso é dependente da finalidade e contexto social onde é exibido. A emoção básica alegria funciona como uma resposta emocional de acordo com uma determinada satisfação, tanto interna como externa. Esta indica vivência de satisfação por parte do individuo, sendo uma estratégia de retaliação positiva e de regeneração. A alegria impõe a vivência do prazer ou uma atitude reativa de satisfação, de proteção imediata em situações de contentamento e de despreocupação.

Através com contributo do trabalho de Freud, nomeadamente a catalogação de diferentes tipos de alegria no século XX, esta emoção transformou-se e tornou-se mais evidente na sociedade, o que não acontecia no passado. Até ao século XVIII, a alegria era interpretada como um sinal de exagero, como se fosse utilizada para disfarçar os verdadeiros estados emocionais. A origem dos motivos da alegria foram-se alterando ao longo dos anos. Sendo que a sua reação foi alterada pelos avanços científicos e tecnológicos. Apesar disto, a alegria acompanha o ser humano ao longo do ciclo vital.

De acordo com um estudo realizado por Freitas-Magalhães et al. Em 2009, verifica-se que o género predominante na frequência e intensidade da exibição do sorriso é a mulher na retribuição em interação social, e estes índices são ainda superiores quando esta comunicação emocional ocorre com o género idêntico. Como descrito anteriormente, a face é o reflexo do funcionamento do cérebro. Deste modo, a face é o espelho da alegria, tanto esta seja manifestada ou reprimida. A face é a ferramenta utilizada pelo cérebro para exibir a alegria, iniciando-se com estímulos e termina com a libertação de químicos tal como a adrenalina provocando assim o aumento dos batimentos cardíacos e a respiração acelerada, assim como o aumento do açúcar no sangue.

 

Dicas para utilizar a felicidade, como sentimento, no seu dia a dia:

     – Tornar a alegria como seu objetivo:

Aumentar os níveis de alegria não deveria de ser um processo moroso. Pessoas incentivadas a ouvir música numa tentativa de melhorar o seu humor, obtêm melhores resultados do que o grupo que ouviu as mesmas músicas, mas que lhes foi pedido para relaxarem. De acordo com um estudo publicado no “The Journal of Positive Psychology”, tem tudo a ver com motivação.

     – Descobre o que te traz alegria:

Isto pode passar por estar mais atento a si mesmo e perceber o que sente em certos momentos do seu dia. Com isto em mente, pode fazer uma lista de coisas que lhe tragam prazer e felicidade. Depois de ter uma noção estruturada do que lhe traz felicidade, pode começar a tomar ações para priorizar este sentimento. Não basta sabermos o que nos faz feliz, ainda mais importante será a tomada de ações para melhorar o nosso bem-estar.

     – Saborear as pequenas coisas:

Registar bons momentos pode ter um impacto bastante positivo no seu bem-estar, isto porque o registo destas atividades faz com que o sentimento esteja presente durante mais tempo do que o sentimento gerado na própria prática da atividade.

     – Pensamentos positivos:

Naqueles dias mais escuros, lembre-se de uma memória que lhe traga felicidade. Isto faz com que a alegria sentida no momento volte a surgir quando necessitar. O sorriso forçado tem o mesmo efeito, basta fazermos um esforço para sorrir que sentimos benefícios logo no primeiro minuto desta prática. Por isso, lembre-se de sorrir.

A alegria é uma força motivadora de prazer e bem-estar, tudo o que fazemos é com o objetivo de atingir a alegria, imaginada ou percecionada. É usado como indicador do que é correto, tanto em termos profissionais como pessoais. Podemos julgar um trabalho ou uma relação pela forma como nos sentimos, a alegria é um indicador subjetivo, mas muitas é a melhor forma para percebermos a próxima ação. Tanto esta seja de investimento ou de proteção direcionado ao que sentimos. Sejam felizes 😊

 

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João Alves– Psicólogo na WeCareOn