Escolhi falar de emoções pois este é um tema muito desafiante para mim.

Noto que desde cedo bloqueei muitas emoções, para me proteger.

Aliás, acredito que muitas pessoas, tal como eu, o fizeram e continuam a fazer, para isso: para proteção.

E o nosso inconsciente faz isso muito bem, proteger, pois essa é a sua função. As emoções são super importantes em todos os momentos da nossa vida e sem emoções, como poderíamos sentir?

Sentir, para nós seres humanos é fundamental…e então porque escolhemos não sentir e arranjamos estratégias para fugir de sentir verdadeiramente?

Neste texto vais experienciar sentir, acredita…e sei que o que vou escrever te vai provocar e te vai fazer sair da tua caixa, das tuas crenças, de tudo aquilo que tu achavas que sabias sobre emoções e do que grande parte das pessoas da nossa cultura atual pensam.

 

Sinto hoje uma missão ao escrever este texto aqui na WeCareOn😊

 

Emoção: E-moção – que significa de uma forma muito simples e sem complicações: energia em movimento.

Há muita literatura a falar de emoções, de gestão emocional, onde um dos mais conhecidos é o Daniel Goleman e há várias correntes sobre este tema.

Também há quem diga que há 27 emoções, outros dizem outros números, 8, 5…

 

Quais são as emoções no seu estado puro?

 

Eu vou seguir o que foi criado por Valerie Lankford que era uma estudante do Dr. Eric Berne, o iniciador da Análise Transacional. O mapa que usamos também no curso Expand The Box, e no Possibility Management.

No seu mapa ela sugere que todas as emoções humanas podem ser divididas em quatro categorias:

Usando este mapa, de repente, temos clareza intelectual sobre as emoções.

Existem quatro emoções e quatro sentimentos no seu estado mais puro. Emoções são diferentes de sentimentos.

Isto é de uma clareza extraordinária (especialmente para os homens!)

A cultura moderna ensina-nos que três destas emoções são emoções “negativas” e quando qualquer uma destas emoções é ativada, concluímos que algo está errado e é mau.

Somos ensinados que sentir não é OK. Também somos ensinados que a única emoção “positiva”, a alegria, é perigosa: “Se um pássaro canta alegremente de manhã, um gato vai comê-lo à noite”. A cultura moderna ensina-nos que, no geral, sentir é mau.

É sabido que reprimirmos as emoções pode causar impacto na nossa saúde.

Muitos psicólogos acreditam que todas as doenças têm um fundo psicossomático, isso é, o sentimento emocional é tão grande que reflete no corpo físico. Nesse contexto, a escritora americana Louise Hay, após se curar de um cancro, criou um método chamado “Você pode curar sua vida” em que ela relaciona os sentimentos e o comportamento do ser humano a doenças ou desconfortos. 

Os cancros, por exemplo vêm de uma mágoa profunda, de ressentimentos de longa data que não foram expressos e resolvidos. Também associado a tristeza ou segredo profundo que corroem o eu.

Em Possibility Management construiu-se um novo mapa em que a raiva, a tristeza, a alegria e o medo são tão neutros quanto as quatro direções de uma bússola. O Norte é mau? O Este é bom? Será que o Oeste é negativo? O Sul é positivo?

O mesmo para a raiva, medo, tristeza e alegria.

Neste novo mapa de emoções, elas surgem no nosso corpo para nos dar informação, para agirmos naquele momento e expressarmos o que estamos a sentir naquele momento.

De maneira a ter acesso à nossa informação e energia, precisamos deixar a nossa educação cultural para trás e mudar a nossa relação para com as nossas emoções. Estás disponível para isso?

Queres tu estar consciente do que sentes em cada momento, expressar as tuas emoções com a intensidade que escolheres expressar e começar a trabalhar os sentimentos inconscientes?

Fica a conhecer o velho e o novo mapa, agora.

VELHO MAPA DAS QUATRO EMOÇÕES

 


 

Em criança generalizámos esta mensagem como “As emoções e sentimentos são mau”.

Não aprendemos habilidades para lidar com as emoções quando eles surgem. Nunca tivemos uma aula de “Emoções” na escola.

Quantos de nós, em crianças ouvimos frases parecidas a estas:

Quando estávamos zangados e com raiva… “Cala-te, estás a fazer birra”; “Meninos crescidos não fazem birras!”

Quando estávamos tristes e a chorar… “os meninos não choram”; “os meninos crescidos já não choram”; “já passou, está tudo bem”; “os fortes não choram”…

Quando estávamos com medo… “ai que mariquinhas”; “os super heróis não têm medo”; ou então pais super protetores que em tudo o que fizéssemos havia medo e não havia possibilidade de experimentar e de ir com medo e com coragem…

Quando estávamos com alegria… “para, que te estás a rir muito alto”; “quem se ri muito é palhaço”…

Ou seja, fomos sendo condicionados logo desde pequenos a ter crenças sobre as emoções e que não era seguro sentir. E na verdade, onde quer que vamos, as emoções são uma parte inegável da nossa experiência diária. O que se passa é que estamos tão dormentes, que nem notamos que sentimos!

Felizmente que hoje em dia, nalgumas escolas já se fala de emoções e no entanto ainda se fala de emoções negativas e positivas.

E agora tens a oportunidade de te começares a relacionar com as emoções de uma forma diferente, com mais empoderamento pessoal. Vê abaixo este novo mapa da tristeza, raiva, medo e alegria.

NOVO MAPA DAS QUATRO EMOÇÕES

 

PRESSUPOSTO: SENTIR É OK

 

Com este novo mapa fica claro que podemos sentir todas as quatro emoções, a toda a hora, sobre tudo.

Nós sentimos as emoções algures entre 1% (mínimo) e 100% (máximo). Convido-te a aprender a detetar qual das quatro emoções é a mais intenso, em cada momento.

Isto é o que tu está a sentir. Sente agora mesmo…o que está aí no teu corpo emocional, agora?

Faz uma pausa na leitura deste texto e sintoniza-te contigo. Que emoção ou emoções estão presentes agora?

Nota: Se foste para alguma história no passado ou se a tua mente te levou para o futuro e sentiste algo, que é fora deste momento, então já não estás numa emoção e sim num sentimento.

As emoções são algo rápido, os sentimentos demoram mais tempo e usualmente têm uma história, precisam de um processo emocional para libertar esse sentimento e ele poder ser expresso, de forma a que haja um processo de cura emocional.

A realidade é que a maioria das vezes, estamos no sentimento e não na emoção, que é algo do agora e consciente. Os sentimentos estão no inconsciente, e ficam presos também no nosso corpo físico.

Para começares a navegar no mundo consciente das emoções, é preciso prática e para isso existe uma experiência que te quero deixar aqui.

333 da Raiva

Vamos começar com a Raiva, pois ela é a energia da ação e é preciso raiva para começar coisas.

Nesta prática vamos explorar conscientemente a emoção da raiva para que a raiva esteja disponíve sempre que precisarmos, sem sermos possuídos ou dominados por ela.

Na cultura moderna, estamos profundamente condicionados a acreditar que não é correto ficar com raiva porque “a raiva é uma das emoções negativos” ou porque “a raiva é perigosa, barulhenta, embaraçosa, incivilizada”.

Quando aprendes a controlar a tua raiva e a usá-la com responsabilidade,  obténs clareza e podes agir, proteger-te e parar de te envolveres em histórias dramáticas de vítimas.

A experiência é a seguinte:

Durante 3 meses, no mínimo 3 vezes por semana e durante 3 minutos, vais fazer esta prática da raiva consciente.

E o que é isto?

Tu escolhes entrar na raiva, observas o que ela tem para te dizer, para se expressar e quando tocar o cronómetro dos 3 minutos, paras automaticamente.

Ou seja, és tu que escolhes começar e terminar a raiva!

E esta experiência é muito diferente da raiva inconsciente que tens, pois vem normalmente de um gatilho, de algo que inconscientemente te irrita, te faz ficar zangado(a), e a não ser que tenhas um grande controlo emocional, não a consegues parar só porque decides.

Vê aqui o meu vídeo com mais informações sobre como fazer.

 

O que te parece esta experiência?

Temos também a seguir a estes primeiros 3 meses da raiva, a experiência de te conectares com outra emoção e observares o que ela tem para ti…

Se quiseres iniciar este processo de transformação, aqui fica o seguimento para continuares a prática.

1 – Raiva

2 – Medo

3 – Tristeza

4 – Alegria

Acredito que possa ser desafiante e se quiseres vir partilhar a tua experiência ou trabalhares as tuas emoções e fazeres processos de cura emocional eu estou por aqui.

E ficas já convidado(a) a criar um grupo de praticantes da Raiva Consciente e convida-me para dar início a esse processo, para te dar algumas informações importantes sobre esta prática.

Nota: Para as pessoas que tipicamente escondem a raiva e dizem ”eu não tenho raiva”, este exercício pode ser mesmo muito desafiante e por isso estou por aqui, para o fazer contigo.

Sou uma das Possibility Managers no planeta terra e estou aqui, para te facilitar o teu processo de cura, evolução e transformação.

Partilha comigo as tuas emoções

Paula Ribeiro– CEO e Coach na WeCareOn