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Há 25 cursos sem desemprego registado e teologia é um deles

 

Quais são os cursos com mais desemprego? E quais são aqueles onde o abandono é maior? Estes são alguns dos dados divulgados nesta sexta-feira pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior.

 

 

Teologia volta a ser um dos cursos que tem uma taxa de desemprego entre os recém-diplomados de 0%. De um total de 1369 cursos, há 25 que em 2016 não tinham recém-licenciados inscritos nos centros de emprego. Segundo revelam os dados divulgados nesta sexta-feira pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (MCTES) e que podem ser consultados no portal Infocursos (http://infocursos.pt).

 

Os três cursos de Teologia da Universidade Católica Portuguesa figuram nesta lista. O número de diplomados nestes cursos varia entre os 25 e os 80. Mais óbvia à partida é a presença dos cursos de Medicina neste pelotão. Estão lá os sete que são ministrados pelas Universidades de Lisboa, Porto, Minho e Beira Interior. O número de diplomados oscila entre os 422 e os 1422. Nesta lista restrita figuram ainda, entre outros, os cursos de Instrumentista de Orquestra (61 diplomados), da Academia Nacional Superior de Orquestra, em Lisboa, de Design (36) do Instituto Superior D. Dinis, Marinha Grande, Estudos Comparatistas (39), da Universidade de Lisboa, ou de Física (42) da Universidade Coimbra. Este indicador é calculado tendo em conta os diplomados entre os anos lectivos de 2011/2012 e 2014/2015 que se encontravam registados como desempregados em Junho de 2016 ou Dezembro de 2016.

 

Curso com maior percentagem de desempregados

 

O curso com maior percentagem de desempregados é o de Arquitectura, da Escola Superior Artística do Porto. Este que regista uma taxa de 31,5%. Nos anos de referência diplomaram-se ali 108 estudantes. Seguem-se-lhe os cursos de Artes e Grafismo de Media (30%), da Escola Superior Artística de Guimarães. Comunicação e Relações Públicas (27,8%), do Instituto Politécnico da Guarda. E também Serviço Social (27,4%), da Universidade Lusófona do Porto.

 

No conjunto existem 28 cursos com taxas de desemprego entre os recém-licenciados iguais ou superiores a 20%. A taxa de desemprego entre os recém-diplomados é um dos critérios que passou a ser considerado pelo MCTES para a fixação do número de vagas que cada curso pode abrir. As relativas ao próximo ano lectivo serão conhecidas no dia 19 de Junho. A nível nacional, este indicador caiu, no ensino superior público, de 8,6% em 2015 para 7,2% em 2017. No ensino superior privado a queda foi bastante maior! Passando de uma taxa de desemprego de 12,7% em 2015 para uma de 5,4% em 2017.

 

Abandono escolar

 

Entre vários outros indicadores que permitem traçar um retrato da oferta existente no ensino superior, através do portal Infocursos pode-se ainda saber qual o grau de abandono neste nível de ensino, apurando-se para o efeito qual a situação dos estudantes um ano após a sua primeira matrícula.

 

Em 2015, no ensino superior público, 10,3% dos estudantes que se tinham inscrito um ano antes já não se encontravam no sistema. Esta percentagem desceu para 8,7% em 2017. No superior privado subiu de 12,6% para 13%. A nível de cursos, existem apenas nove que mantêm a totalidade dos seus estudantes, um ano após a primeira inscrição.

 

Entre outros, figuram nesta lista os cursos de:

  • Enfermagem, da Universidade da Madeira;
  • Análises Clínicas e de Saúde Pública e Terapêutica da Fala, da Universidade Fenando Pessoa, do Porto;
  • Engenharia de Segurança do Trabalho, do Instituto Politécnico de Coimbra;
  • Multimédia, do Instituto Superior Miguel Torga, de Coimbra.

 

O número de inscritos nestes cursos varia entre os cinco e os 23. Na posição oposta ou seja, com taxas de abandono iguais ou superiores a 50%, existem também nove cursos. Eis alguns: Marketing, do Instituto Superior de Gestão, com 71,4% de abandono; Gestão Imobiliária (64,4%), da Escola Superior de Actividades Imobiliárias, em Lisboa, ou Matemática e Aplicações (54,5%), da Universidade Aberta, em Lisboa, uma instituição de ensino à distância que tem mais dois cursos nesta lista restrita.

 

Médias mais altas

 

E quais são os cursos em que a nota final média dos diplomados foi mais alta?

Canto Teatral, do Conservatório Superior de Música de Gaia, lidera esta tabela com uma média de 17,7 numa escala de 0 a 20. Seguem-se-lhe Engenharia Física Tecnológica (16,9), da Universidade de Lisboa, e Fisioterapia (16,), do Instituto Politécnico de Leiria.

 

Na situação oposta estão os cursos de Biologia da Universidade da Madeira, com uma média de 11, Contabilidade, do Instituto Politécnico de Viseu, com uma nota também de 11 e Engenharia Topográfica, do Instituto Politécnico da Guarda, com média de 11,6. Este indicador dá conta da nota final média dos diplomados de cada curso em 2013/2014 e 2014/2015. No conjunto há 125 cursos com uma média igual ou superior a 15.

 

Muito mais discreta é a presença dos cursos que registaram classificações médias finais de 20 valores. São apenas cinco: Enfermagem, do Instituto Superior de Saúde do Alto do Ave, Engenharia Física e Tecnológica, da Universidade de Lisboa, Fisioterapia, do Instituto Politécnico de Leiria, Matemática, da Universidade do Porto, e Enfermagem, também do Instituto Politécnico de Leiria. A percentagem de classificações médias finais iguais a 20 valores oscila entre o 1% e os 2,1%.

 

No extremo oposto, há 28 cursos com classificações médias finais de 10 valores, que é o mínimo para se concluir a licenciatura. Quatro destes cursos pertencem ao Instituto Politécnico de Portalegre: Equinicultura, Enfermagem Veterinária, Agronomia e Administração de Publicidade e Marketing, com percentagens de classificações finais iguais a 10 que oscilam entre 6,3% e 25%, que são também as mais altas nesta tabela. Por fim, refira-se ainda que os cursos de Direito das Universidades de Lisboa e de Coimbra e o de Medicina, também da Universidade de Lisboa, são aqueles que têm mais mulheres inscritas.

 

Fonte: Jornal Público – Clara Viana (15/07/17)

 

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Hélio Borges – Psicólogo WeCareOn