O Pai Grávido… A gravidez não pode ser considerada um período que diga unicamente respeito ao sexo feminino. Embora o papel da mãe seja especial, o pai deve dar o seu contributo, ter um papel activo que decididamente exercerá efeitos positivos sobre a mãe, que não quer ficar sozinha, tudo isto tem um grande significado à luz das recentes descobertas sobre a vida pré-natal.

O desejo que leva o futuro pai a pensar que vai acompanhar o desenvolvimento do seu feto e o crescimento do seu bebé ao longo dos estádios de desenvolvimento é uma ideia maravilhosa.

É imprescindível levar o pai a que, de forma inteligente a que tome consciência dos pensamentos marcados pela alegria ou pela ansiedade, sobre as novas responsabilidades e orgulho por também eles terem colaborado na obra da criação e da prossecução da espécie.

“O papel do pai é muito importante: quem, melhor do que ele, pode tornar o próprio filho feliz, graças a uma mãe alegre, que se sente protegida? Embora o pai não transporte o bebé dentro do seu próprio corpo, pode transportá-lo no seu coração e nos seus pensamentos. No seu psiquismo nascente, a criança sentir-se-á amada, esperada e reconhecida, e abrir-se-á, confiante, às forças da vida.”

Presidente da OMAEO (Organização Mundial das Associações de Educação Pré-natal)

 

O Pai

O pai tem um papel importante desde a concepção – momento em que os 23 cromossomas do pai e mãe interactuam entre si, dando origem a uma estrutura psicogenética única e original – e que se desenvolve ao longo de todo o período da gestação. Este período de espera prepara o pai para a chegada do bebé e todas as alterações que o novo ser vai implicar na vida deste homem.

O pai grávido, necessita de se sentir integrado no contexto da gravidez, pois muitas das vezes sente-se colocado em 3º plano, apesar do seu papel tão importante no apoio à companheira, revelar grandes capacidades para aprender os aspectos úteis deste período, viver as emoções e afectos de uma forma muitas vezes mais equilibrada, para se deixar envolver na experiencia da gravidez e o seu relacionamento com a criança durante o período da vida pré-natal. Em primeiro lugar temos o feto como centro das atenções, a ser tão esperado e desejado que absorve todas as atenções.

Em segundo plano temos a gestante, a mãe que estará eternamente ligada a este feto que será o seu filho. Aquela que durante 9 meses tem a mais estreita relação com o feto, a mulher que tem toda a assistência, atenção, preparação para o parto e para a maternalidade e em 3º plano temos o pai, o homem que indubitavelmente deu o seu contributo para a concepção deste feto mas que muitas das vezes se torna o elemento menos vinculado desta tríade.

Um pai presente traduz-se num filho feliz, e óbvio trará uma felicidade extrema à mãe, que se sentirá amada, acarinhada, mimada, compreendida, e com reflexos positivos sobre a própria criança. Pais que se amam e amam o seu filho originam crianças felizes! E é isso que todos queremos, é o objectivo de qualquer pai.

 

Pretendemos que os pais aprendam ao longo da gravidez a estabelecer diálogo com bebé. Assim, quando lhe pegar ao colo perceberá que tem uma forte ligação e uma forte empatia.

 

A gravidez não tem de ser obrigatoriamente um momento apenas feminino, o homem tem um papel importante na vida do novo ser que apesar de protegido pelo corpo da mãe, tem sentimentos e consegue expressar emoções.

Mónica Lukesh, afirma que o tipo de relação que pai e mãe têm durante a gestação se reflecte na personalidade do filho, um pai que tem uma forte relação com o feto na sua vida in útero, que massaja a barriga da gestante tentando comunicar com o feto, que fala para ele, consegue garantidamente ter uma relação muito mais próxima com o bebé na sua vida de recém-nascido.

 

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Bárbara Dias – Psicóloga e Coach de Adolescentes @WeCareOn