Reconhecido e disseminado um pouco por todo o mundo, o Dia da Criança pretende celebrar os mais pequenos e recordar, a todos, a importância da defesa dos seus direitos fundamentais.

 

Entre outros, proclamaram­ se, o direito à protecção, ao amor, à educação e ao brincar.Pela defesa e respeito destas quatro prerrogativas, cabe ­nos, enquanto Pais, Educadores e cidadãos, mergulhar no mundo da Criança, tocar na simplicidade da sua existência e fazer florir um jardim outrora regado e acarinhado, quando éramos crianças, pelos nossos Pais e Avós.

 

A melhor forma de regressarmos à infância é colocarmo­-nos numa situação de aprendizagem, acerca de algo que não sabemos. No fundo, ser criança é saber secretamente que não se sabe nada, sem pudor, ou necessidade de o disfarçar. O contrário de ser criança é tornar-­se um fóssil: um espécime fruto da impressão de uma vida estagnada.

 

Permitamo-­nos, então, a aprender com os melhores professores do Mundo: as Crianças! Elas são os exploradores destemidos, os cientistas visionários, os arquitetos futuristas, os mentores exemplares, os médicos exímios, os sonhadores natos. Ofereça o seu tempo, dez minutos diários de viagens mágicas com o seu filho, sem distrações ou interrupções, são tudo aquilo que necessita, não só para fortalecer os laços entre ambos, mas para fazer nascer um pequeno­ cidadão capaz de gerir cabeça, coração, corpo e alma.

 

Por entre rotinas estonteantes, horários assoberbados, deveres laborais, exigências académicas e atividades extra-curriculares, pouco tempo sobra para sermos Pais, os nossos filhos crianças, e ambos nos encontrarmos, a meio caminho da imaginação.

O direito de brincar, de nos divertirmos e sermos Crianças, deveria ser um privilégio, diria mesmo, uma obrigação, inalienável de qualquer ser humano. Recordando Álvaro de Magalhães, “Quando for grande, não quero ser médico, engenheiro ou professor. Não quero trabalhar de manhã à noite, seja no que for. Quero brincar de manhã à noite, seja com o que for. Quando for grande, quero ser um brincador.”

Por Beatriz Abreu Psicóloga@WeCareOn