Ficar sozinho higieniza a mente e leva as pessoas a um estágio de conexão consigo mesmas, aliviando o stresse e colocando as emoções em equilíbrio.

Para alguns, sinônimo de tristeza, para outros apenas uma opção de vida. Os seres humanos são animais sociais por natureza, uma vez que, desde os primeiros instantes de vida, já são naturalmente instruídos ao contato e interação com os demais. Muitos julgam a solidão como algo ruim, como ter uma grande deceção amorosa, por exemplo, mas nem sempre ela precisa ser caracterizada como negativa.

 

A solidão pode ajudar a amadurecer, fazendo com que as pessoas possam ter calma e maturidade para resolver problemas que surjam. Quem age assim, tem grande probabilidade de passar conhecer a raiz da situação e solucionar adversidades com os próprios meios, sem depender de ninguém para isso, tornando-se uma pessoa mais independente, emocionalmente forte e com uma maior autoestima.

 

Solitude

 

Estar só nem sempre é uma forma triste de viver: pode ser uma escolha positiva de vida. Os que optam por momentos assim vivem o que é conhecido como solitude, caracterizada quando a pessoa considera-se a melhor companhia de si mesma. O recolhimento em si potencializa o conhecimento da sua essência e potencializa a solução de problemas.

Segundo o psicólogo Domingos Sávio Rodrigues, essa forma de vida é adotada por opção e pelo desejo de se entender com as próprias situações. “Isso [a solitude] é uma atitude adotada pela modernidade. É o ato de se sentir bem consigo mesmo sem ter a necessidade de precisar de outras pessoas para dividir os problemas ou a felicidade. É um meio de sobrevivência em que o indivíduo acaba conhecer-se mais e preparar-se para os problemas colocados pela vida”, explica o profissional.

Na solitude deseja-se entender, de alma aberta, o que afeta e faz falta. Ainda segundo Domingos Sávio Rodrigues, a solitude torna o ser humano mais cuidadoso com a própria vida e a leveza, alcançada por meio dela, faz com que as pessoas sintam-se melhores para entender a voz da alma.

 

Fonte: Diuliano de Freitas, Revistas o Povo (13/06/2017)

 

Hélio Borges – Psicólogo WeCareOn