Pitch? Do que se trata?
Não escrevo para falar da sua origem mas sim pela necessidade da sua existência.
Tem o seu pitch de 2 minutos preparado?
Têm sido muitos os empreendedores com quem falo regularmente e há factos que me têm surpreendido pela positiva. De que vale ter uma boa ideia se ela não for bem comunicada?
De que vale ter a melhor ideia do mundo se não conseguir pela força da minha comunicação cativar uma audiência de investidores?
Muitos já consideram essencial abordar a “Comunicação” como um elemento chave para reforçar as suas ideias.
A todos eles lhes pergunto se fazem o seu pitch regularmente ou apenas de vez em quando. Muitos me dizem que o fazem com bastante regularidade o que na minha opinião é excelente. Outros porém, ainda poucos é certo, que o dizem que o fazem constantemente, o que na minha opinião é ainda melhor.
Então porque defendo fazê-lo constantemente?
Se temos um sonho/objetivo/ideia temos que ter na minha opinião a capacidade de “vendermos a nossa ideia” a cada uma das pessoas com quem nos relacionamos. Nunca se sabe quem temos à nossa frente se não poderá ser essa pessoa a chave para o nosso sucesso ou se essa pessoa gostando tanto do que lhe apresentámos não conhece a tal pessoa certa que nos fará toda a diferença na implementação da nossa ideia.
Em resumo, um pitch, seja ele feito na frente de uma plateia de investidores, num elevador, numa entrevista de emprego, num almoço ou no balcão de um café é uma excelente oportunidade para eu iniciar ou alimentar uma relação e IMPACTAR o “outro” com as minhas mensagens chave.
É este a meu ver um dos aspetos que diferencia um empreendedor que quer ter sucesso de um empreendedor que TEM sucesso.
Eis os elementos chave, para que na minha opinião, um pitch tenha sucesso.
– Preparação:
O tem que estar preparado e treinado de modo a que seja utilizado em qualquer momento. Atenção que preparado não quer dizer decorado. Ao estar preparado quer dizer também ser adaptado ao contexto que tenho à minha frente.
– Impacto:
Tem que haver um antes e um depois de comunicar com potencial cliente/parceiro/investidor. Algo deverá ser dito que cause impacto na pessoa com quem está a interagir de modo a que lhe suscite curiosidade em prosseguir a conversa.
– Empático:
Coloque-se no lugar do outro. Questione-se o que quererá esta pessoa ouvir. Mais do mesmo ou algo inovador. Até poderá dizer o mesmo que todos os outros empreendedores, na maior parte das vezes o “COMO” diz é que fará diferença.
– Gerador de Feedback:
Para que não seja um monólogo mas sim um diálogo eu diria que deverá conter perguntas estratégicas que possam gerar interação por parte do “outro”. A acontecer é sinal que está a demonstrar interesse e que a pessoa poderá verbalizar uma necessidade que será determinante para dar seguimento à relação.
– Organizado:
Para que tenha o maior impacto possível deve estar organizado com uma Introdução, Desenvolvimento e Conclusão bem encadeados e deve conter perguntas estratégicas para gerar a tão precisa interação.
– Emotivo:
Para que tenha IMPACTO no outro ajuda se o nosso Pitch conter uma história pessoal que possa ser gerador de emoção junto do outro. Lembre-se que uma boa história adormece uma criança mas mantém um adulto acordado.
– Natural:
Pese embora seja difícil com tanto treino e preparação um Pitch deve ser algo natural e que não pareça forçado ou decorado. Lembre-se de que a outra pessoa poderá ter mais experiência em ouvir empreendedores do que você a falar com investidores.
No final da interação devo-me questionar “Consegui o meu objetivo” ?
Parece muita coisa a ter em conta numa interação que por vezes dura no máximo 2 minutos. De facto concordo que é … mas para que tenha IMPACTO precisa de ser TREINADO.
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Por Luís Granja – Coach @ WeCareOn