O Dia Internacional da Mulher e a data de 8 de Março são comumente associados a dois fatos históricos que teriam dado origem à comemoração. O primeiro deles seria uma manifestação das operárias do setor têxtil nova-iorquino ocorrida em 8 de março de 1857 (ou em 1908), quando trabalhadoras ocuparam uma fábrica, em protesto contra as más condições de trabalho. O outro acontecimento é o incêndio de uma fábrica, ocorrido na mesma data e na mesma cidade. Não existe consenso historiográfico quanto a esses dois fatos, nem sequer sobre as datas, o que gerou mitos sobre esses acontecimentos.

Durante anos a data foi comemorado atá ao início da decada 20. Depois, a data foi esquecida por longo tempo e somente recuperada pelo movimento feminista, já na década de 60.

 

Na atualidade, a celebração do Dia Internacional da Mulher perdeu parcialmente o seu sentido original. Por esse motivo  quero escrever neste dia acerca do papel fundamental que a Mulher tem na sociedade  e que que quero realçar neste artigo de opinião.

Por a Mulher ser educada de uma forma diferente que o homem , apesar de ter mais educação, ocupar mais cargos de decisão em empresas e na sociedade em geral, há um aspecto que gostaria de  engrandecer: o seu papel de educadora.

 

Há uma famosa frase de Anatole France – famoso escritor Francês  – que diz:

“ Pois a mulher é  a grande educadora do homem: ensina-lhe as virtudes encantadoras, a polidez, a discrição e essa altivez que teme ser importuna. Ela mostra a alguns a arte de agradar, a todos a arte útil de não desagradar.”

Algumas das frases são intemporais e esta parece que é uma delas.

 

Nos tempos em que vivemos, tão apressados que andamos,  gostaria de lançar um repto às mulheres:

 

  1. Será que estamos mesmo a ser as grandes educadoradas?
  2. Será que educamos os nossos filhos da mesma forma que educamos as filhas?
  3. Será que não estamos a reproduzir intrinsecamente o mesmo modelo em que fomos educadas ?
  4. Será que estamos a saber lidar com as heranças culturais de uma sociedade assente no poder decisivo no masculino?
  5. Mulheres, Mães, Tias, Avós, teremos a audácia de educar realmente os homens?Os nossos filhos de hoje – futuros homens?

 

Os valores e virtudes universais outrora passados em família, na educação religiosa ou na escola não são visíveis, antes pelo contrário, deparamo-nos com atitudes verdadeiramente reveladoras do contrário. Será que não passamos esses valores e virtudes porque os desconhecemos? Porque nunca pensamos neles? Porque só vemos o que os outros não fazem e não olhamos para nós? Não podemos educar se não desenvolvemos a nossa educação cívica e a consciência das nossa atitudes.

 

Parece-me que temos ainda um longo caminho a percorrer e com toda a certeza de que os nossos filhos de hoje são os homens de amanhã, temos mesmo que actuar Mulheres!

 

 

​Por Aldina Costa, coach