O que sabemos realmente sobre a origem do Carnaval e a utilização de máscaras neste dia?

 

A verdade é que muitos de nós celebram o carnaval sem antes refletir um pouco na sua história, bem como, no impacto deste dia no nosso estado de espírito.

 

Com origem apontada para meados dos anos 600 a 525 A.C. na antiga Grécia, o Carnaval foi incorporado pelas tradições do Cristianismo. Assim, passou a marcar um período de festividades que antecede a Quaresmano qual as pessoas cometiam os seus excessos, antes do período de severidade religiosa.

 

Durante esta época, os comportamentos observados eram a antítese do comportamento reservado e reflexivo que marcava a data católica, quase como um período onde as obrigações e diferenças da realidade quotidiana fossem anuladas.

 

Conforme o passar do tempo,  fantasias, mascaras, carros alegóricos e bailes de máscaras foram incorporados, engrandecendo o desejo de encarnar personalidades diferentes do habitu

Durante estes cerca de três dias, é-nos permitido retirar a máscara e dar asas à imaginação!

No fundo, sermos tudo aquilo que queremos, sem olhares reprovadores ou comentários recriminativos.

 

Recuperamos uma roupa mais colorida, usamos máscaras, damos cor à pele e vida ao olhar. Olhamos, descontraídos, o mundo exterior e libertamo-nos da tensão que nos ocupa corpo e mente.

 

Despreocupados, saímos à rua, pintada de cores vivas, na companhia de amigos. Bem como, trocamos olhares e conversas, oferecemos sorrisos a desconhecidos e, sentimo-nos, subitamente, felizes.

 

Quero, com este artigo, convidar o leitor a refletir um pouco acerca desta Máscara, que julgamos colocar. Talvez sem nos apercebermos que na verdade a estamos a deixar cair, sob pretexto de celebrar uma época festiva.

 

Por fim, numa sociedade extremamente exigente e impositiva, estaremos nós a abdicar do que de mais valioso temos – a nossa essência ?

 

A que custo?

 

Beatriz Abreu – Psicóloga @WeCareOn