É importante estarmos cientes do poder das histórias que contamos a nós mesmos. Essas histórias manifestam a nossa perspetiva da realidade.
Duas pessoas, até mesmo membros da mesma família crescendo na mesma casa, podem acabar com histórias completamente diferentes sobre si mesmas.
O principal motivo é que, especialmente como crianças, estamos suscetíveis a acreditar nas histórias que outras pessoas relatam sobre nós mesmos.
Como não sabemos nada sobre o mundo nos nossos primeiros anos de vida, absorvemos as histórias de outras pessoas como uma esponja, somos moldados por pais, professores e outras figuras significativas na nossa vida.
Por exemplo: se os nossos pais não nos prestarem a atenção que precisamos ao longo do nosso desenvolvimento, podemos crescer a acreditar que não somos merecedores de atenção. Se os nossos pais são demasiado exigentes e não demonstram afeto, podemos crescer a acreditar que não somos suficientes e podemos tornar-nos defensivos com os outros.
Por outro lado, se os nossos pais/prestares de cuidado, nos encorajarem, forem afetuosos, gentis e estabelecerem regras adequadas, podemos crescer com a crença de que somos merecedores de amor, afeto e desenvolver uma autoestima saudável.
Pode ser desafiante reformular as histórias que contamos a nós próprios. É por isso que tantas pessoas recorrem a terapeutas para os auxiliarem a compreender a origem das suas crenças sobre si próprios.
Os profissionais de saúde mental podem ajudá-lo(a) a mergulhar no seu passado e ver como o mesmo o(a) moldou enquanto pessoa, além de ajudá-lo(a) a desenvolver narrativas que o(a) podem ajudar a mudar o seu mindset.
Certamente, todos nós já ouvimos aquela voz interior negativa que diz que somos incapazes de fazer algo ou que não somos suficientes.
Devemos prestar atenção a essa voz e questionar se diríamos aquilo a um amigo. Se não, porque dizemos a nós mesmos?
Experimente desafiar essa voz, os pensamentos são apenas pensamentos e não verdades absolutas.
Todos falhamos e temos dificuldades, ser humano é estar suscetível a errar e a cair.
Pronto(a) para desafiar as histórias que conta a si próprio e a sua voz interior?