A palavra Fobia deriva da palavra grega “Daímon” ou demónio que era “Phobos”, a personificação do medo. De acordo com o Manual de Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM – VI), fobias são entendidas como um medo específico e irracional perante algo. Ou seja, perante um objeto, um animal ou uma situação, o sujeito sente um medo exagerado e não correspondente com o perigo real que aquele objeto ou situação lhe possam causar.
Os indivíduos com este medo desproporcional, são geralmente apreensivos, ansiosos ou simplesmente fogem ou evitam objetos ou situações que os coloquem em contato com algo que os coloque numa situação de perigo eminente por eles sentido na situação fóbica.
O que são Fobias?
Existem vários tipos de fobias específicas, mas é importante perceber que esta pode ocorrer com animais, ambiente natural, sangue, injeção, situações físicas ou idealizadas, entre outros.
A Fobia é uma representação patológica da superestimação do perigo real que o medo perante um objeto ou situação possa causar (sempre relacionado a algo específico), pode ser acompanhados de manifestações fisiológicas que remetem para o medo num nível muito elevado.
As manifestações fisiológicas mais comuns são:
- suor excessivo;
- tremores;
- paralisia;
- gritos;
- arritmia cardíaca;
- falta de ar.
Para o diagnóstico de uma Fobia, é importante avaliar a relação de elevada aversão e nível de ansiedade perante algo em específico que deverá persistir por período igual ou superior a seis meses. É também importante distinguir medo de fobias e para isto é indispensável avaliar o quanto aquilo ou aquela situação causa sofrimento e incapacitação na vida do indivíduo a avaliar. Esta avaliação pode ser feita por um psicólogo, psiquiatra ou por ambos.
7 tipos de Fobias mais frequentes
Aracnofobia
Medo excessivo de aranhas, reais ou imaginadas. O indivíduo sente um medo exacerbado de ser picado por uma aranha. A ideia de que isto possa acontecer desencadeia por si só uma série de reações fisiológicas.
Acrofobia
Remete para o medo de alturas, lugares altos, muros, pontes altas, entre outros que coloquem o indivíduo numa situação alta, em que estejam longe do chão.
Agorafobia
Medo de estar em espaços abertos mas com muitas pessoas, como concertos, multidões em geral.
Claustrofobia
O sujeito sente-se sufocado em lugares fechados. São exemplo deste tipo de fobia, pessoas que sentem medo da situação concreta de estar dentro de um elevador, num túnel, num centro comercial e até mesmo no carro ou andar de avião, representam situações de elevada ansiedade.
Hematofobia
Medo de visualizar ou estar em contato com sangue ou apenas vestígios. Este medo sentido de forma irracional envolve seringas, agulhas ou uma simples ida ao dentista.
Nictofobia
Medo do escuro. A maioria das crianças tem medo do escuro, mas à medida que vão crescendo, este medo desaparece, exceto para o nictofogo. Pessoas que têm medo de sítios escuros ou visibilidade reduzida, sentem-me muito desconfortáveis e inseguros. Podem mesmo ter ataques de ansiedade.
Aerofobia
Pessoas com medo excessivo de andar de avião. O sujeito sente que o avião pode cair e este sentimento começa mesmo dias antes da viagem.
Quaisquer que sejam as fobias, sem exceção, exige tratamento. Os níveis elevados de ansiedade e sintomas fisiológicos podem prejudicar a saúde e a qualidade de vida de quem sofre com fobia.
A avaliação deve ser feita por um psicólogo e um psiquiatra que em conjunto poderão encontrar a melhor estratégia de tratamento seja ela apenas psicoterapêuticas ou se estritamente necessário, também com recurso a fármacos.