Dedica tempo para Trabalhar a Auto-Estima? Recorda-se da última vez em que sentiu que tinha poder sobre o seu tempo, em que se orgulhou de si próprio e se sentiu realizado?
Podem parecer perguntas simples, mas na realidade são poucos os momentos em que se consegue parar para tomar consciência de si. As exigências do dia-a-dia e os constantes desafios fazem com que uma pessoa não tenha tempo para refletir sobre questões simples como:
- O que é que eu quero para mim?
- Sinto-me bem com aquilo que conquistei até agora?
- Sou o melhor de mim?
A importância de melhorar a auto-estima
Muitas vezes, uma pessoa dá por si a tentar fazer tudo o que lhe é exigido, seja no trabalho, em casa com a família, os amigos etc. Sendo arrastada por uma maré e um turbilhão de emoções que só leva a duas conclusões. Ou por um lado consegue superar as expectativas e exigências dos outros e sente-se bem assim. Ou fracassa e fica uns tempos em “stand by” emocional a pensar no que irá fazer para alterar a situação (há quem se mantenha assim muito tempo).
Apesar de estes conceitos serem muito falados: auto-estima, auto-conceito, motivação, conhecimento, realização. Cai-se muitas vezes numa banalização extrema e não compreendemos como isso é tão importante para nós. Se uma pessoa reconhecer as suas qualidades mais facilmente saberá o que quer transmitir aos outros e, isto aplicasse no trabalho em casa e em todos os outros contextos. Saberá também onde estão os seus limites e aquilo que não considera aceitável, bem como poderá melhorar os seus comportamentos e atitudes que representam fraquezas e dificuldades.
Por isso aqui vão algumas dicas, para melhorar a autoestima, que podem mudar a nossa postura e o nosso dia-a-dia. Estes exercícios permitem aumentar a auto-estima.
Como Trabalhar a Auto-Estima?
1 – Faça uma lista das suas qualidades:
- Como é que eu sou?
- Como me vejo?
Em que é que eu sou bom?
Se for complicado relembre situações, conversas e feedback que tenha recebido por parte de outros.
- O que lhe disseram?
Como o viram?
2 – Pergunte a duas ou três pessoas próximas o que acham de si e peça que o caracterizem.
3 – Como em tudo na vida não há só qualidades por isso anote também os seus pontos fracos, características como teimosia, orgulho, rancor.
Escreva:
- O que sou?
- E também sou?
- O que vou/ quero melhorar?
4 – Ter consciência de como sou é fundamental para depois sermos consistentes e congruentes, para sabermos os nossos limites e para chegarmos à fase seguinte:
- Como é que posso melhorar?
Em que é que posso ser melhor?
O nosso dia-a-dia deve ser uma constante superação dos limites pessoais num sentido positivo e construtivo. Por isso deve-se sair da zona de conforto e surpreender-se com aquilo que é capaz de fazer. Assim se gera a autoconfiança e a autoeficácia.
«Eu sei o meu valor, sei como sou, como posso ser melhor e o que posso fazer melhor»
É tentando que se consegue, pois não são as outras pessoas que vão fazer por nós. É através de uma boa imagem de si (auto-estima) aliado a confiança e sentido de eficácia que se gera um conhecimento de si próprio. E este conhecimento leva a transpor barreiras e obstáculos e a superar dificuldades.
O mais difícil está muitas vezes em superar os problemas e indecisões que surgem no dia-adia. Por isso, conhecer-se e ter consciência do que é capaz mais facilmente procurará soluções para os problemas em vez de ficar focado no problema em si.
Auto-realização e a Auto-estima
E é aqui que entra a auto-realização, que é o sentimento de se sentir realizado, capaz e orgulhoso. Não falamos aqui em grandes dilemas e situações. Podemos falar apenas em pequenas coisas do dia-a-dia que podem estar a impedir que haja uma superação, um bloqueio que nos deixa resignados ao que somos e temos. O objetivo de trabalhar estas questões está em procurar um bem-estar pessoal, um equilíbrio emocional e uma atitude positiva perante a vida. Se uma pessoa não se sentir feliz, confiante e inteira, deve voltar a repetir este processo de auto-conhecimento.
Desta forma, irá sempre procurar uma mudança positiva quer para si como para todos à sua volta. Encontrando assim uma estabilidade pessoal que é muito gratificante.
Muitas são as pessoas que observamos que estão em baixo, sem esperança ou resignados ao que são e têm e, o papel de cada um passa também por olhar pelos outros e ajudá-los. Também aqui a pessoa sai da sua zona de conforto porque vai ajudar o outro. E poderá sentir-se melhor consigo próprio gerando assim uma autoimagem positiva. Sente-se bem consigo próprio e com os outros.
Este é um trabalho pessoal que nem sempre é fácil. Pois depende de muitos fatores externos o que dificulta por vezes a manutenção de um bom sentido de realização, como é o caso dos fatores económicos. No entanto se uma pessoa conseguir ter uma postura positiva e proactiva mais facilmente conseguirá ultrapassar essas dificuldades.